quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O que causa o fechamento precoce das empresas brasileiras

Em uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) intitulada “Estatísticas do Cadastro Central de Empresas”, foram apresentados dados alarmantes e infelizmente já conhecidos acerca da dinâmica de abertura e fechamento de negócios no Brasil.
Sabe-se que cerca de 70% das empresas criadas no país fecham as portas, sendo estas geralmente são micro e pequenas empresas e com poucos funcionários.
A maioria das empresas que nascem e morrem no país conta com número pequeno de funcionários. As que têm até quatro funcionários concentraram 94% das empresas criadas e 61,9% do pessoal ocupado em novos empreendimentos. O mesmo ocorre com as empresas extintas: 96,7% delas tinham até quatro empregados.
A pesquisa destacou as dificuldades de acesso ao crédito como um dos principais fatores que impossibilitam o desenvolvimento destes negócios.
A maior taxa de mortalidade encontrada nas empresas de pequeno porte é explicada, dentre outras razões, pela maior dificuldade de acesso a crédito e menor capacidade de competitividade. As menores taxas de natalidade e de mortalidade se encontram na faixa de empresas com cem ou mais pessoas ocupadas porque são menos vulneráveis às variações conjunturais da economia.
Este não é o principal problema, mas é relevante, o que realmente deve ser observado é a falta de preparo e de conhecimento por parte dos gestores ou empreendedores. A capacidade de planejar é um dos pontos cruciais para o desenvolvimento das empresas, quando não existe a capacidade empreendedora e de tomada de decisão, isto impede que o empreendedor consiga fazer com que o seu negócio cresça e se desenvolva.
È bem verdade que todos estes fatores somados acabam por prejudicar a competitividade empresarial.
As questões gerenciais não só dependem dos próprios empreendedores, como deveriam ser priorizadas pelos mesmos, mas em muitos casos são deixadas de lado.
O setor que mais apresenta fechamento de empresas é o comércio, seguido do setor de serviços e finalmente indústria, destacou a pesquisa.
Isto não ocorre por acaso, pois se observarmos as mudanças de ponto dos estabelecimentos comerciais, notamos que isto em qualquer cidade brasileira.
Para os que gostam de estatísticas, estas aparecem com muita freqüência tratando da dinâmica dos negócios no país, permitindo assim que se tomem decisões, avaliem ações e se criem políticas públicas para auxiliar o desenvolvimento do empreendedorismo nacional.
Aos que pretendem iniciar, abrir ou criar um novo negócio devem tomar conhecimento destes relatórios e de suas recomendações, o que hoje é algo fácil de fazer acessando a internet. Com isso poderão aumentar suas chances de sucesso nos negócios.
Os empresários de Bagé devem ficar atentos e não esperar sentados o auxílio do governo municipal, estadual ou federal, tem de sair da zona de conforto, levantar da cadeira e buscar o seu lugar ao sol, pois quem quer ser competitivo faz acontecer.

Um comentário:

  1. Olá Eduardo, tudo bem?
    Estou procurando informações sobre o assunto, encontrei sua matéria postada pelo Prof. José Dornelas em 12/OUT/2006.
    Será que teríamos dados mais atualizados?
    Agradeço se puder me auxiliar.
    Jorge Pedro
    jsantos18@uol.com.br

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