terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS: A FORÇA MOTRIZ DO HOMEM

Tecnologia, quem a detém possui maior vantagem competitiva sobre os demais, sejam os detentores da tecnologia nações ou empresas. A tecnologia é a peça chave, é a força motriz que move a humanidade, mas primeiramente para deter a tecnologia é necessário investimento pesado em pesquisa e desenvolvimento, seja de novas tecnologias, ou seja, apenas o aperfeiçoamento das velhas.
Nosso país, historicamente importador de tecnologias deve investir pesado na educação e pesquisa e desenvolvimento se quiser tornar-se um país desenvolvido para gerar e melhor distribuir riquezas.
Ao longo da história humana no planeta terra, aqueles que desenvolveram novas tecnologias, se colocaram em um patamar superior e obtiveram vantagem competitiva sobre os demais.
Nos primórdios, a descoberta de como fazer o fogo promoveu a vantagem competitiva das tribos que dispunham desta nova invenção sobre as outras que não tinham. Sim, a descoberta de como produzir o fogo pode ser considerado a invenção ou descoberta de uma nova tecnologia, pois analisando a semântica da palavra tecnologia significa o estudo da técnica ou o estudo do ofício.
Recentemente na história humana, podemos citar as caravelas que proporcionaram as grandes navegações e conseqüentemente a descoberta do novo mundo, a descoberta da máquina a vapor, a invenção da energia elétrica, o telégrafo, a descoberta da energia nuclear, as T.I.C’s, a quebra do código genético humano, enfim, todas as novas descobertas e o aperfeiçoamento do que já era conhecido levaram prosperidade e desenvolvimento se pensarmos em nações e lucros pesados se pensarmos em empresas.
Quanto Portugal e Espanha lucraram com a descoberta da América? Seria possível a revolução industrial sem as máquinas a vapor baseadas em energia termodinâmica?
Ainda hoje o princípio de geração elétrica pelos reatores nucleares é baseado em energia termodinâmica. Quanta inovação o telégrafo trouxe, substituindo a entrega manual de uma informação em um papel por comunicação por sinais elétricos a longas distâncias?
O valor da invenção e do benefício da internet e do e-mail pode ser expresso em cifras e ser calculado?
O Brasil e muitos países subdesenvolvidos incentivam a transferência de tecnologia (muitas vezes a tecnologia importada não é de ponta) de países desenvolvidos sem cuidar do domínio de tais tecnologias.
A base industrial Brasileira foi alicerçada em importação maciça de tecnologia, pois a população demanda bens e serviços cada vez mais e mais, economicamente podemos até defender tal procedimento, mas a base estrutural da nação já começou errada.
Devemos entender por domínio da tecnologia importada a compreensão total da tecnologia em questão, deveríamos investir em pesquisa e desenvolvimento destas tecnologias importadas, assim o conhecimento adquirido deveria ser difundido nos centros tecnológicos e universidades gerando um efeito multiplicador.
Este efeito multiplicador proporcionaria um progresso tecnológico no país. Mas caímos em outro problema na base estrutural do Brasil: o investimento em educação.
Temos muito poucos pesquisadores no Brasil, falta investimento pesado do governo em educação que deve começar na primeira série do ensino fundamental, pois se os alunos que estudam em escolas públicas e não tiverem bases sólidas como se tornarão pesquisadores?
Os investimentos em universidades vêm ocorrendo nos últimos anos, mas o ensino fundamental ainda está esquecido e isto irá refletir em um futuro próximo, sem falar na baixa remuneração dos professores do ensino básico.
O comparativo com outros países em desenvolvimento como China, Índia e Coréia do Sul, por exemplo, em patentes registradas é muito baixa, a mesma relação segue para estudantes mestrandos e doutorandos.
A área de T.I no Brasil atingirá o colapso em 2012, pois o ritmo de formandos no país não acompanha o crescimento de vagas de emprego desta área. Então, as empresas acabarão importando profissionais de outros países.
O governo federal deve investir pesado em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e aperfeiçoamento das existentes, temos muitos exemplos de empresas de capital nacional de sucesso, empresas estas que investem pesado em pesquisa e desenvolvimento e conseqüentemente obtém retorno do investimento.
Já como ineficiência do estado podemos citar a falta de tecnologia brasileira para refinar o petróleo bruto, visto que ainda temos muito petróleo a ser prospectado no nosso solo e somos grandes produtores, basta ver as descobertas do pré-sal, tão alardeadas nos últimos tempos.
Segundo dados não oficiais pesquisados na internet, mas com certeza muito próximos da realidade os EUA são responsáveis por 20,7%; a Alemanha por 13,3%; o Japão por 12,6%; o Reino Unido por 6,2%, e a França por 3,0% da exportação mundial de produtos da vanguarda tecnológica (equipamentos de telecomunicações, equipamentos científicos de precisão, microprocessadores, medicina e biologia, produtos químicos orgânicos, equipamentos aeroespaciais, tecnologia da informação, etc), apenas cinco países detém 55,8% da exportação mundial e os EUA 25% da exportação total mundial de tecnologia. Quem detém tecnologia, pela lógica, detém o poder.
Precisamos como nação, além de realizar obras de infra-estrutura nas nossas rodovias, portos e aeroportos, revolucionar nossa educação para que o investimento em desenvolvimento tecnológico, que também deve aumentar, tenha os devidos resultados esperados e nosso país torne-se mais justo socialmente e passe ao estágio de país realmente desenvolvido.
Pensem nisso.

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